Noite
O bom coração,
inquieto, não sabe bem
qual seja a razão.
Talvez até saiba,
mas nega – quiça em si
a mágoa não caiba.
Difícil a prece
quando o ânimo vacila
e a vigília cresce.
A aflição aflora
à noite, ascendem as sombras,
no entanto, lá fora
a chuva lembrou
alguém que na longe infância
sempre o embalou.
A alma no abandono
da lembrança e do som da água
concilia o sono.
“É uma certeza absoluta humana que ninguém pode conhecer a sua própria beleza ou perceber um sentido do seu próprio valor até que ele tenha sido refletido de volta para ele no espelho de outro ser humano amoroso e carinhoso” (John Joseph Powell)
Nenhum comentário:
Postar um comentário