quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Os pares

 


Os pares 

Pelo mundo, peregrino

com um par de sola antigo 

e o meu par de trato fino 

surpreendendo-me comigo.


Da minha afeiçoada zona

de conforto sempre saio,

a reação até ensaio,

mal resisto, vou à lona


ante a graça do meu par. 

Parto meio a contragosto:

ainda pensando em voltar,

ficar quieto no meu posto. 


Mas vou. No retorno, a história

muda, e como me faz bem!

Bendigo o amor – minha glória –

o arrojo e as solas também.



***



Já pensando na viagem Roma-Vaticano-Sicília, como um ato de liberdade contra o sentimento produzido pelo contumaz desconforto que me acomete ao viajar, fiz este poema.

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