segunda-feira, 8 de setembro de 2025

A nossa dívida.


A nossa dívida 


Folheio os nossos retratos

da década de setenta,

constato: urge sermos gratos,

nos benzer com água benta


por termos sido felizes,

jovens descompromissados 

na vida, só aprendizes

do amor, leves namorados. 


Você e eu, ali, airosos

na dourada juventude. 

Peço aos céus que, generosos,

nos conceda mais saúde


pra retribuirmos agora

aos que lutaram por nós

e que fizeram cair fora

os de vocação pra algoz. 


É necessário clamar

contra o que as luzes apaga

e com vontade votar

em quem o futuro afaga.

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