segunda-feira, 29 de junho de 2015

O corre-corre


O corre-corre

Depressa, o tempo foge
de nossa vida malsã:
logo será ontem o hoje
 que há tão pouco era amanhã.


As golpistas


As golpistas

Em trama vergonhosa
não se dão por vencidas
a direita raivosa
e esquerdas ressentidas.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Brad Mehldau

Erroll Garner

Neruda

Rachmaninov

Chopin

Eric Satie

Horace Silver

Tom Jobim

Oscar Peterson

Thelonius Monk

Stacey Kent

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Poeminha telúrico


Lá na fazenda, distraído,
eu observava os meninos.
Ovelhas, vacas no curral
que, num ritmo natural,
faziam lã e leite genuínos.
E tudo fazia sentido...

Soneto para um bravo guerreiro


Se os olhos alimentam a inveja
Que tem nosso majestoso oceano,
Pela turquesa que neles flameja,
Comete o velho mar um tolo engano

Porque há ainda muito mais beleza
Do que seu olhar azul e galhardo
- Reflexo de virtuosa natureza -
Na impoluta bravura do Leonardo.

É a inteligência arguta e sagaz
Que se sobressai em primeiro plano
Mas é a coragem que em sua alma traz

Meu irmão, aguerrido veterano,
Que me comove e me admira mais,
Ao enfrentar seu pâncreas ora insano.

Soneto da indignação


Em uma encruzilhada, num sinal,
Havia uma menininha andrajosa
Em seu olhar, tristeza sem igual
Em sua mãozinha, trazia uma rosa.

Pergunto-lhe, curioso, o seu nome
E, qual punhal que fundo em mim enterra,
Baixinho, ela murmura: “estou com fome”!
"Meu Deus"! Meu coração sensível berra.

Evoco o mal que esse sistema encerra:
Em que meandros se encontra a ética
Ao abandonar ser tão indefeso?

O que está encoberto ninguém descerra
E segue o homem sua vida frenética
Indiferente e em seu egoísmo preso.

O porre


Durante o tempo seguinte
Nada mais se ouve na casa
Olho o relógio: uma e vinte
E ao pensamento dou asa

A água forte que alucina
Bebo agora em gole ardente
E o que penso me fascina
Tudo revolvo na mente

Da garrafa um quarto ou um quinto
Vou transpondo a madrugada
Dou-me conta que o que sinto
É a ébria alma extasiada

A memória já esmaecida
Fruto do homérico porre
Ouço o bardo inglês que acorre:
“Longo é o amor, breve é a vida.”

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Os muros

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