sábado, 29 de julho de 2023

sábado, 22 de julho de 2023

sexta-feira, 21 de julho de 2023

quinta-feira, 20 de julho de 2023

A inopinável toleima bozoista

A inopinável toleima bozoista



Três vezes ouvi esses argumentos. Três bozoistas que discutiram comigo em diferentes momentos. As palavras quase as mesmas, o argumento igual: tolos, sem lógica, sem profundidade, sem crítica.


Sobre Foro de São Paulo


Bozoista raivoso:  


– O que você acha do Foro de São Paulo?


Eu lógico: 


– Ora, a direita se articula em Davos; a esquerda no Foro de São Paulo. 



Sobre a vacina


Bozoista com falso argumento:


– Bolsonaro não foi contra a vacina, tanto é que foi ele quem a liberou.


Eu surpreso: 


– Facilmente, se encontra no Youtube videos mostrando o inelegível contra a vacina. Houve uma luta encarniçada dos a favor da vacina versus os contra, resolvida pelos governadores a favor e pelo STF que os apoiou exigindo a vacinação. Você próprio dizia que não se vacinaria.


Bozoista tomado de raiva:


– Depois me vacinei, mas não tomei a quarta dose nem tomarei.


Eu contestando:


– Tomei a quarta dose e tomarei quantas vierem. Foi a vacina quem debelou a pandemia. Meu filho, médico na linha de frente no combate ao covid, alertou inúmeras vezes que só a vacina estancaria tantas mortes.


Bozoista irracional:


– É, mas seu filho não perdeu paciente?


Eu surpreso com a pergunta:


– Sim, perdeu. Ele não tem o poder de obrigar as pessoas a tomarem vacina. Quando os pacientes chegaram a ele, já estavam com covid grave. Vacina não é remédio, é preventivo. Muitos morreram porque não se vacinaram.


Bozoista achando-se lógico:


– Eu me vacinei e peguei covid duas vezes.


Eu resgatando-o para o mundo real:


– Pegou, mas não morreu. De nos livrar da morte é o que se deve esperar da vacina.


Bozoista tentando a última cartada:


– Não foi por causa do Bolsonaro que fulano, sicrano e beltrano (nossos conhecidos e parentes) morreram.


Eu arrematando:


– Se ele tivesse administrado bem a pandemia, teriam sido menos os mortos. Se morreram 700.000 poderia ter sido 350.000 e na outra metade dos que teriam sido salvos poderiam estar fulano, sicrano e beltrano.



Sobre as eleições e o STF


Bozoista tentando outro tema:


– Bolsonaro foi o único que enfrentou o Lula com 58 milhões de votos e o STF calando essas vozes.


Eu já impaciente:


– Bastava 58 milhões mais 1 voto. Assim é a democracia. Vencemos com mais de um voto. Perderam e aceitem. A oposição que debata no congresso. O STF não calou ninguém. Ele tem que ser duro com os neofascistas, que não é um fenômeno brasileiro, mas mundial. Com o fascismo não se brinca. Umberto Eco, o maior estudioso do fascismo, descreveu o perfil do fascista e Bolsonaro se encaixa direitinho.


Bozoista insistindo:


– Umberto Eco conheceu Bolsonaro?


Eu já não aguentando mais:


– Não, mas deixou uma teoria, só que vocês são negacionistas das ciências, da sociologia, da filosofia, acreditam na doutrina da terra plana. Por isso estão aí nesse delírio coletivo. 


E por aí vai a inopinável toleima bozoista. Argumentação fraquinha, fraquinha.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Duas cartas para o Marquinho

Marquinho…


Há o que une, mas há também o que separa, origem do termo “demônio”. Está mais do que evidente que o descontrole no álcool é o "demônio" em nossas vidas. Ele nos separa e destrói nossas famílias. E nos torna o inferno do outro. 


Jean Paul Sartre, filósofo francês, na sua filosofia da existência, cunhou essa frase que ficou muito conhecida: “O Inferno é o outro”, ou seja, nós nos infernizamos uns aos outros. Conheço pessoas que fazem uma interpretação esquisita dessa frase, a de que nós somos o paraíso e apenas o outro é o inferno. Errado! Nós também somos o outro de alguém bom. Exemplo: o Pedro é uma criança, portanto é bom. Você é o outro dele. Se você bebe e deixa que o “demônio” do álcool o absorva, por conseguinte você se torna o inferno dele. 


Os sinais exteriores da bebida já estão claros. Ligadíssima, como toda mãe amorosa, sua mãe primeiro percebeu. Ela me chamou a atenção e comecei a conferir um sinal já bem característico dessa fase, você se distancia de nós e fica ensimesmado.


Não quero me alongar muito, meu filho, o que já lhe disse aqui, acho que é suficiente e necessário. Por tudo o que é mais sagrado em nossas vidas, não permita que este “demônio” se introjete em você, pare enquanto é tempo.


Beijo amoroso.


*****


Marquinho…


O poeta Mario Quintana fez uma reflexão que gosto muito: “A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.” Nessa reflexão ele propõe que cada um de nós tem um papel, um propósito para cumprir na vida.


Meu querido e único filho, uma pergunta: o seu propósito é o da fixação no álcool e consumi-lo a ponto de correr o risco da destruição familiar, profissional e da própria vida, deixando-nos órfãos da sua bondade natural que tantos admiram, do seu talento profissional, da sua arte musical, da sua capacidade de ser um excelente  filho, irmão, pai do Pedro, marido, primo e amigo? NÃO, NÃO É! Escrevo com letras maiúsculas para dar ênfase à minha certeza.


O amor tem um poder transformador que a gente muitas vezes preocupado com o dia a dia não se dá conta.


“Amar é mudar a alma da casa”.  Em poucas palavras o poeta resume a profundidade e revolução que o amor pode fazer em nossas vidas, sugerindo que o amor tem o poder de mudar nossa percepção, nossas prioridades, nosso ego.


Não faça da sua vida um rascunho. Você pode não ter tempo para passá-la a limpo. É um alerta para não esperar por um momento futuro para viver plenamente. A vida é agora, e cada momento é valioso. É preciso estar atento para perceber essa dádiva de Deus. Imploro-lhe que não a renuncie. o álcool é a renúncia. Procure um esporte – velejar, por exemplo – para diversificar e tirar o álcool do foco, confirmando a clara vocação do seu caráter de vencedor.


Com o amor da sua mãe e do seu pai.

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