sábado, 19 de agosto de 2023

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Mensagem para a Denise

10 de agosto de 2023


Oi, Denise…


Antes gostaria que você parabenizasse o Ronaldo pelo aniversário, desejo-lhe saúde e muitos anos de vida.


Agora vamos ao assunto. Sei que você anda magoada, mas a questão política não fui eu que comecei. Talvez você não se lembre, mas tudo se iniciou porque fui contar a minha discussão com o João quando fui mostrar um artigo não político sobre as Forças Armadas Brasileira do editor da Isto É Dinheiro, um homem que certamente não é de esquerda. Como lhe contei, ele reagiu mal, como sempre, e você tentou justificá-lo sem ter presenciado. Foi nesse momento que entramos na questão política e nos magoamos.


Certa vez, fui contar a ele que eu havia me encontrado no super mercado com o político do Maranhão Edson Lobão que me cumprimentou e eu correspondi. Ele veio com uma crítica pesada em cima de mim porque eu cumprimentei um político corrupto. Ora, correspondi a um cumprimento de um homem com quem não convivo, mas foi educado. Se é corrupto, que se entenda com as investigações. Não compreendo a política por essa perspectiva. O capitalismo é um sistema econômico que contamina o sistema político, portanto a corrupção financeira corre solta. Acho que ela deve ser combatida diuturnamente, sem holofotes, porque quando há os holofotes me cheira a oportunismo de quem também é corrupto. Então, o João já conduziu para a discussão política um fato que eu apenas queria lhe contar. E olhe, ele foi pesado.


Há algum tempo, num encontro que tivemos (Gilda, eu, você e Ronaldo) na Beira-mar durante um passeio de bicicleta, paramos e comecei a conversar com o Ronaldo que me perguntou sobre o que eu fazia durante as temporadas em Brasília. Eu lhe disse que lia, caminhava, tocava piano, mas não conversava muito com o João que só sabia conversar discutindo política, e contei essa  estória do super mercado. Da mesma maneira que você, o Ronaldo tentou justificar o João, sem ter presenciado, e descambamos para a política quando o meu propósito era só contar o fato para ilustrar, tendo sido o Ronaldo quem conduziu para a política.


Como se vê, a atual paixão política de vocês sempre descambando para o assunto, tomando partido quando tento contar um fato que acabou mal. Na minha opinião, nos três casos que contei, vocês apenas tinham que ouvir a estória sem tomar partido. O João não tinha que me atacar porque cumprimentei quem me cumprimentou. Você e o Ronaldo não tinham que tomar o partido do João, sem ter presenciado a discussão, quando ele agressivamente dirigiu o assunto para a política, quando eu já tinha tentado maneirar. Dessa última temporada, ele tentou em três oportunidades, eu me calei como uma porta, a Gilda foi testemunha, presenciou. Quando mostrei o artigo das forças armadas, tentei convencê-lo de que o artigo não se tratava de política, mas de custos e estatísticas das forças armadas, ele insistia em falar da política e das forças armadas na política. Acabei sendo tragado por discussão que foi agressiva.


Portanto, é isso que eu queria lhe dizer. Com os sobrinhos daqui, já consigo me preservar, mas ainda não consegui com vocês quando sou provocado, mas conseguirei porque é talvez o único assunto com o qual não temos absoluta afinidade. Há tantos com os quais temos!


Receba meu beijo carinhoso.


Caíque.


sábado, 12 de agosto de 2023

O ardil da expressão "Estado mínimo"

O ardil da expressão "Estado mínimo”.



O Estado capitalista tem duas vertentes: o Estado liberal e o Estado social. O tamanho do Estado capitalista é o da sua riqueza, do volume de sua arrecadação. Ninguém das duas vertentes reivindica com sinceridade um Estado menor, um menor volume de arrecadação.  


Os da vertente liberal reivindicam um "Estado socialmente mínimo", mas excluem a expressão “socialmente" como um ardil para exibirem a expressão “Estado mínimo”, dando a impressão de Estado enxuto. Só que o tamanho do Estado sendo o volume de sua arrecadação, ao ser socialmente mínimo, a grande maioria do dinheiro será o suporte para as grandes empresas, caso haja alguma intempérie na economia. Lembrai-vos da crise de 2008, o governo americano salvando bancos.


Os da vertente social reivindicam o dinheiro do Estado para fazer face às atribuições constitucionais do Estado: educação, saúde, previdência social, assistência social, segurança e investimentos em bens estratégicos para o país. E isto é bom para a sociedade. Os liberais não querem isso, reivindicam que estes ítens sejam privatizados, tornando-se, cada um deles, nichos de mercado que explorarão para enriquecerem mais do que já são.


O contraponto (Estado social X Estado liberal) para esses ítens:


Escolas públicas (*)  X  Escolas particulares caras

INSS (*)  X   Planos de saúde privados caros

Segurança (*)  X  Empresas de segurança privadas caras.


(*) - Sendo público, devemos pressionar pela excelência dos serviços.

 

Com coragem e clarividência precisamos saber qual o nosso lugar social: 


(a) Temos uma pequena ou uma média empresa? 

(b) Somos empregados público ou privado? 

(c) Somos profissionais liberais? 

(d) Somos aposentados?

(e) Somos incapacitados para o trabalho?


Se a resposta for sim para uma dessas cinco perguntas, nosso voto deve ir para os representantes da vertente do Estado Social defendida pelos partidos de centro-esquerda. Não há nenhuma razão para votarmos em representantes do Estado liberal ou neoliberal defendido pelos partidos de direita. Esta é a forma consciente, inteligente e civilizada do cidadão comum fazer política. Se for diferente estamos sendo manipulados.