sábado, 12 de agosto de 2023

O ardil da expressão "Estado mínimo"

O ardil da expressão "Estado mínimo”.



O Estado capitalista tem duas vertentes: o Estado liberal e o Estado social. O tamanho do Estado capitalista é o da sua riqueza, do volume de sua arrecadação. Ninguém das duas vertentes reivindica com sinceridade um Estado menor, um menor volume de arrecadação.  


Os da vertente liberal reivindicam um "Estado socialmente mínimo", mas excluem a expressão “socialmente" como um ardil para exibirem a expressão “Estado mínimo”, dando a impressão de Estado enxuto. Só que o tamanho do Estado sendo o volume de sua arrecadação, ao ser socialmente mínimo, a grande maioria do dinheiro será o suporte para as grandes empresas, caso haja alguma intempérie na economia. Lembrai-vos da crise de 2008, o governo americano salvando bancos.


Os da vertente social reivindicam o dinheiro do Estado para fazer face às atribuições constitucionais do Estado: educação, saúde, previdência social, assistência social, segurança e investimentos em bens estratégicos para o país. E isto é bom para a sociedade. Os liberais não querem isso, reivindicam que estes ítens sejam privatizados, tornando-se, cada um deles, nichos de mercado que explorarão para enriquecerem mais do que já são.


O contraponto (Estado social X Estado liberal) para esses ítens:


Escolas públicas (*)  X  Escolas particulares caras

INSS (*)  X   Planos de saúde privados caros

Segurança (*)  X  Empresas de segurança privadas caras.


(*) - Sendo público, devemos pressionar pela excelência dos serviços.

 

Com coragem e clarividência precisamos saber qual o nosso lugar social: 


(a) Temos uma pequena ou uma média empresa? 

(b) Somos empregados público ou privado? 

(c) Somos profissionais liberais? 

(d) Somos aposentados?

(e) Somos incapacitados para o trabalho?


Se a resposta for sim para uma dessas cinco perguntas, nosso voto deve ir para os representantes da vertente do Estado Social defendida pelos partidos de centro-esquerda. Não há nenhuma razão para votarmos em representantes do Estado liberal ou neoliberal defendido pelos partidos de direita. Esta é a forma consciente, inteligente e civilizada do cidadão comum fazer política. Se for diferente estamos sendo manipulados.

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