terça-feira, 15 de agosto de 2023

Mensagem para a Denise

10 de agosto de 2023


Oi, Denise…


Antes gostaria que você parabenizasse o Ronaldo pelo aniversário, desejo-lhe saúde e muitos anos de vida.


Agora vamos ao assunto. Sei que você anda magoada, mas a questão política não fui eu que comecei. Talvez você não se lembre, mas tudo se iniciou porque fui contar a minha discussão com o João quando fui mostrar um artigo não político sobre as Forças Armadas Brasileira do editor da Isto É Dinheiro, um homem que certamente não é de esquerda. Como lhe contei, ele reagiu mal, como sempre, e você tentou justificá-lo sem ter presenciado. Foi nesse momento que entramos na questão política e nos magoamos.


Certa vez, fui contar a ele que eu havia me encontrado no super mercado com o político do Maranhão Edson Lobão que me cumprimentou e eu correspondi. Ele veio com uma crítica pesada em cima de mim porque eu cumprimentei um político corrupto. Ora, correspondi a um cumprimento de um homem com quem não convivo, mas foi educado. Se é corrupto, que se entenda com as investigações. Não compreendo a política por essa perspectiva. O capitalismo é um sistema econômico que contamina o sistema político, portanto a corrupção financeira corre solta. Acho que ela deve ser combatida diuturnamente, sem holofotes, porque quando há os holofotes me cheira a oportunismo de quem também é corrupto. Então, o João já conduziu para a discussão política um fato que eu apenas queria lhe contar. E olhe, ele foi pesado.


Há algum tempo, num encontro que tivemos (Gilda, eu, você e Ronaldo) na Beira-mar durante um passeio de bicicleta, paramos e comecei a conversar com o Ronaldo que me perguntou sobre o que eu fazia durante as temporadas em Brasília. Eu lhe disse que lia, caminhava, tocava piano, mas não conversava muito com o João que só sabia conversar discutindo política, e contei essa  estória do super mercado. Da mesma maneira que você, o Ronaldo tentou justificar o João, sem ter presenciado, e descambamos para a política quando o meu propósito era só contar o fato para ilustrar, tendo sido o Ronaldo quem conduziu para a política.


Como se vê, a atual paixão política de vocês sempre descambando para o assunto, tomando partido quando tento contar um fato que acabou mal. Na minha opinião, nos três casos que contei, vocês apenas tinham que ouvir a estória sem tomar partido. O João não tinha que me atacar porque cumprimentei quem me cumprimentou. Você e o Ronaldo não tinham que tomar o partido do João, sem ter presenciado a discussão, quando ele agressivamente dirigiu o assunto para a política, quando eu já tinha tentado maneirar. Dessa última temporada, ele tentou em três oportunidades, eu me calei como uma porta, a Gilda foi testemunha, presenciou. Quando mostrei o artigo das forças armadas, tentei convencê-lo de que o artigo não se tratava de política, mas de custos e estatísticas das forças armadas, ele insistia em falar da política e das forças armadas na política. Acabei sendo tragado por discussão que foi agressiva.


Portanto, é isso que eu queria lhe dizer. Com os sobrinhos daqui, já consigo me preservar, mas ainda não consegui com vocês quando sou provocado, mas conseguirei porque é talvez o único assunto com o qual não temos absoluta afinidade. Há tantos com os quais temos!


Receba meu beijo carinhoso.


Caíque.


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