sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Homenagem à Gilda no seu aniversário de 2020.


 Homenagem à Gilda no seu aniversário de 2020.
 
Gilda é a caçula dos cinco filhos de d. Alice minha sogra que faleceu em agosto deste ano de 2020. 

Por ser “fim de rama” (dizem os anglo-saxônicos “last but not least” - última, mas não menos importante), sempre foi muito apegada à mãe e, como se esperava, extremamente dedicada a ela nos seus últimos anos de vida. Assistência integral que dava solidariamente com as suas duas irmãs.

Por esse apego, preocupava-me uma possível dificuldade em superar a morte da mãe, mesmo já com os seus bem-aventurados 100 anos. Entretanto, através da fé, herdada ou não de d. Alice, vem superando com admirável serenidade.

A acácia chuva de ouro (beleza de nome!), na entrada da casa construída por dr. Trajano no mesmo ano em que a Gilda nasceu, era a predileta da d. Alice dentre todas as árvores do seu jardim, sempre começa a florescer em setembro. 

Em um dos anos, no início do florescimento, d. Alice certa vez me chamou a atenção que no natal ela mostra a sua plena beleza, isso me fez lembrar da minha infância a flamboyant da casa de minha avó materna que exuberava suas flores vermelhas também no natal. 

Ano passado, de forma extraordinária, generosa e poética, a acácia antecipou sua natureza e começou a espargir seu ouro em julho para reluzir esplendorosa no dia 14 de outubro, centenário da d. Alice. (1ª foto em outubro de 2019)

Já este ano, como se guardasse um luto de três meses, ainda chorosa, cumpre a sua natureza de florir, tardiamente, a partir do início deste mês de novembro, mas ainda a tempo de mostrar a beleza de suas flores douradas no aniversário da Gilda de 2020, 24 de novembro. 

A foto é da semana passada, novembro de 2020, numa tarde em que fomos caminhar pelo jardim levando o Ozzy e a Mel para brincar, e foi a inspiração do que chamo poesia-crônica em que relato um fato do dia em forma de poema.
 
À Gilda com amor. 

A transmutação
 
Gilda, Ozzy e Mel
brincam à tardinha sob
o abrigo do céu.

A acácia chorona,
com a presença feliz
das três, se emociona. 

A dourada flor
já anuncia que está mais
amena a sua dor. 

Nota que a tristeza
transmuta-se, via fé, em
sublime beleza.

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