O cronista triste
O cronista de uma nação louca
não sabe mais pra o que apelar
lápis gasto, garganta rouca
de tanto escrever e gritar.
Para cada notícia ruim
para cada amigo que morre
além de uma flor do seu jardim
que se vai, algo mais ocorre:
o amigo que decerto amava
sabê-lo cúmplice é um porre
que nem da pior pinga esperava
pois a fé nele chispa, escorre.
Nenhum comentário:
Postar um comentário