terça-feira, 10 de outubro de 2023

Sobre a guerra Israel-árabe da Palestina (1)


Eu lamento profundamente. Gostei muito de Israel, principalmente de Tel Aviv. Passamos por territórios da Palestina e confesso que me senti mais à vontade com os judeus do que com os árabes que parecem hostis. Entre os comerciantes, senti o mesmo. 


Tenho lido a obra de um dos maiores escritores judeus da atualidade, Amós Oz, que morreu recentemente, em 2018, um crítico de seus últimos governos sobretudo desses assentamentos judeus na Faixa de Gaza e Cisjordânia pelos mais radicais sionistas, que me lembram as ONGS estrangeiras na Amazônia que vão ocupando território e depois se apossam. Assim como foi nos estados do sul dos EUA que pertenciam ao México. Essa crítica já era feita por Moshe Dayan e muitos bons judeus, daí minha simpatia por eles que são contra esse sionismo que representa uma doutrina nacional-chauvinista e uma política colonial. A Golda Meir uma vez disse: “se os palestinos depuserem as armas haverá paz; se nós depusermos eles nos extinguirão”. Compreendo bem essa frase porque vem de um povo perseguido por milhares de anos e quase extinto no século XX. 


Vejo os governos ocidentais tomando posições diferentes das grandes manifestações populares também no ocidente – EUA e Europa – aqueles pró Israel, estas pró Palestina. Li o livro A Porta dos Leões sobre a guerra dos seis dias. Os árabes, à frente o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, apoiado pela URSS, provocavam um verdadeiro terror através de transmissão de rádio prometendo a extinção do povo de Israel. Moshe Dayan achava que se Israel perdesse essa guerra, o holocausto teria sido insignificante, ante o sofrimento a que eles teriam sido submetidos. Como se vê, só tenho lido sobre Israel e minha tendência é compreendê-los. Preciso ler sobre os motivos Palestinos que acredito foram compreendidos pelos grandes judeus aqui citados e que lutavam por uma paz que só seria possível com dois Estados soberanos que era o plano de Osvaldo Aranha, mas os Palestinos não aceitaram. Preciso saber o porquê.

Nenhum comentário:

Postar um comentário