segunda-feira, 28 de novembro de 2022

Portugal, Brasil e o horror da fome.




Portugal, Brasil e o horror da fome.

Acabo de chegar de uma viagem bem sucedida a Portugal, um país capitalista de Estado social, onde visitei algumas pequenas cidades e vários bairros de Lisboa.

Hoje, no meu exercício matinal de bicicleta, me deparo com um homem debruçado no lixo, não catava recicláveis, mas comia cascas de abacaxi e outros refugos. Não costumo andar com carteira e celular nesses passeios, mas como eu tinha comprado no outlet de Lisboa uma pochete de cintura para carteira e celular, hoje eu a inaugurava, voltei e dei-lhe um dinheiro suficiente para ele comprar uma merenda decente. Humilde e educadamente, ele agradeceu e parti indignado porque não me deparei em Portugal com nada nem perto disso.

Metade dos eleitores brasileiros tem medo do Lula e do socialismo, como se Lula pudesse introduzi-lo via eleições, e não sabe que o capitalismo tem uma versão menos perversa, diferente do Estado liberal, que é o Estado Social, o caso do Estado português, onde as cinco atribuições do Estado no modelo de livre mercado são efetivamente asseguradas aos cidadãos, são elas: saúde, previdência social, assistência social, educação e segurança.

Estas cinco atribuições do Estado social, o neoliberalismo refuta, as quer como serviços pagos para se ter acesso a eles. A metade dos eleitores faz a escolha do Estado Liberal, como se tivesse dinheiro para acessá-los, e nem se sensibiliza com os efeitos dessa nefasta política neoliberal de Paulo Guedes, que estupora o Brasil com o horror da fome.

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