O ciclista, a moça, a chuva e o mar
Pensativo, pedala devagar…
Mal fecha o tempo, cai uma borrasca.
Na praia, a moça não sai do lugar
Apraz-lhe o beijo que o pingo lhe tasca.
A moça tem corpo bonito e a cena
No atleta atiça ancestrais devaneios:
Pingos da chuva e seus beijos, que pena
Não sejam os dele nos belos seios...
Braços, ombros, pescoço, olhos, boca.
De todo o corpo molhado e moreno
Sorveria cada gota em ânsia louca!
A moça, a chuva, o mar, todo o ensejo
Faz o peito do atleta pulsar pleno
Seu sumo rubro ferver de desejo!
* O atleta pedalava e apreciava a vista do mar quando o tempo fechou de repente e logo caiu uma pancada de chuva. Estava no espigão em frente ao Náutico e na areia da praia, uma moça linda que nem se importava com a chuva, muito menos ele que parou a bicicleta ante aquela belezura. Nunca leva celular para essas pedaladas, por isso não fotografou, mas procurou e encontrou essa foto na internet que guarda semelhanças com a moça que viu e aproveitou para ilustrar o soneto que para não ser fuzilado assinou com pseudônimo: Lobo de Leningrado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário