sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

O ciclista, a moça, a chuva, o mar...


O ciclista, a moça, a chuva e o mar


Pensativo, pedala devagar…

Mal fecha o tempo, cai uma borrasca.

Na praia, a moça não sai do lugar

Apraz-lhe o beijo que o pingo lhe tasca. 


A moça tem corpo bonito e a cena

No atleta atiça ancestrais devaneios:

Pingos da chuva e seus beijos, que pena 

Não sejam os dele nos belos seios...


Braços, ombros, pescoço, olhos, boca.

De todo o corpo molhado e moreno

Sorveria cada gota em ânsia louca!


A moça, a chuva, o mar, todo o ensejo

Faz o peito do atleta pulsar pleno

Seu sumo rubro ferver de desejo!





* O atleta pedalava e apreciava a vista do mar quando o tempo fechou de repente e logo caiu uma pancada de chuva. Estava no espigão em frente ao Náutico e na areia da praia, uma moça linda que nem se importava com a chuva, muito menos ele que parou a bicicleta ante aquela belezura. Nunca leva celular para essas pedaladas, por isso não fotografou, mas procurou e encontrou essa foto na internet que guarda semelhanças com a moça que viu e aproveitou para ilustrar o soneto que para não ser fuzilado assinou com pseudônimo: Lobo de Leningrado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário