quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022

O ovo da serpente


 O ovo da serpente.

Segundo Freud, todos temos o impulso de vida (eros) e o impulso de morte (tanatos). Na mente saudável prevalece o impulso de vida; na doentia, o de morte.

Em sintética definição, Robert Owen Paxton, cientista político e historiador americano especializado em Vichy, França, fascismo e Europa durante a Segunda Guerra Mundial, diz que “o fascismo é o culto da morte”, portanto o tanatos prevalecendo na sociedade. É o transe coletivo do impulso de morte. 

Não foi implantado institucionalmente o fascismo entre nós porque não conseguiram criar um partido fascista, mas já está sendo aventada a hipótese. 

https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2022/02/4983875-entenda-o-caso-de-apologia-ao-nazismo-iniciado-pelo-youtuber-monark.html

Não ter um partido fascista não significa que não temos a ideia circulando entre nós. Porque ela está aí, sorrateira.

Os organismos internacionais sabem que 20 a 30 por cento de nós tem uma tendência fascista que pode ampliar por contágio e propaganda. O diplomata Sérgio Corrêa da Costa em seu livro Crônica de uma Guerra Secreta diz que por esta razão o Brasil nunca conseguiu uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU, sempre pleiteada. 

Precisamos de um plano para trazer de volta do atual transe amigos, familiares, gente que faz parte de nós. 

Se não fizermos isso, mesmo que outro presidente vença as próximas eleições, o ovo da serpente sempre pode voltar.

A serpente está sempre a chocar seu ovo, o fascismo.

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