domingo, 6 de fevereiro de 2022

O palmito silvestre

 

O palmito silvestre

Diz-se que o sujeito que ocupa a cadeira presidencial é, antes de tudo, um sincerão. 

É…? Se fosse um amante da sinceridade, o indisciplinado adolescente não teria entrado na AMAN, onde se supõe ser lugar de disciplina; o incendiário militar incapaz de dialogar, expulso das FFAA, não teria sido deputado na Câmara Federal, onde se supõe ser o espaço de grandes diálogos para daí se elaborarem nossas leis; o ineficaz político que não comparece ao prévio democrático confronto de candidatos para que o povo possa escolher um deles, não teria pleiteado a cadeira que se supõe a do maior cargo executivo de uma democracia; não teria espalhado tantas fake news, não teria feito um pacto com Moro para que este fizesse o diabo – e fez, praticando lawfare – para prender Lula e vencer a eleição. O acordo seria a indicação para o STF.

Venceu e, como um Forest Gump (invertido) cujos antônimos de simplicidade e inocência influenciaram uma parte da população que em tudo o apoiou,  foi absolutamente irresponsável na condução da pandemia, sem atender às razões científicas, enfiando goela abaixo do povo placebos para a Covid19, e, posteriormente,  mentiu inúmeras vezes se dizendo a favor da vacina – era a sua impostora palavra contra o fato real que acabou matando quase setecentas mil pessoas. Como é que seus adeptos não acordam? 

Querendo parecer popular agarrou-se a um frango com farofa no meio da rua sujando tudo – triste imagem do povo! – ficamos sabendo que havia ali um script montado por seu filhão, aquele que quer ser aprovado pelo papaizinho à fina força – sórdida família de milicianos!

Nunca entendi, e me incomodava mesmo, como tantos puderam chamar este verme de mito. Fiquei sabendo recentemente que ele cresceu em Eldorado, noroeste paulista, para onde a família se mudou quando ele era criança. Terceiro filho entre seis (três meninos e três meninas), gostava de caçar, pescar e colher palmitos silvestres que os vendia, por isso e por ser magrelo, os amigos o apelidaram de Palmito que, com o tempo, acabou reduzido para somente mito. Certamente, algum amigo de infância introduziu o apelido na campanha e os tolos acreditaram no mito heróico - eita!

Ri muito, o mito não passa de um minimalismo, de uma redução preguiçosa de palmito, enfim, de uma corruptela.

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