Acalmem-se, não se chega ao socialismo através de eleições, se não sabem, digo-lhes: porque as grandes e milionárias corporações reagirão violentamente.
A última tentativa ocorreu na década de 1970, no Chile governado pelo socialista Salvador Allende que quando quis nacionalizar a produção de cobre, a maior riqueza do país cujos lucros deveriam beneficiar o povo chileno e não estavam beneficiando, e quando pediu aos produtores de leite um pequeno percentual da produção para as crianças carentes e famintas do país, esses dois gestos foram o suficiente para mobilizar o governo americano em conluio com a elite empresarial chilena e suas forças armadas comandadas pelo chefe do exército, Augusto Pinochet, nomeado por Allende, portanto um traidor como todos os articuladores de golpes de Estado, e trucidar o presidente num bombardeio terrestre e aéreo do Palácio de La Moneda, sede do governo. Em seguida, Pinochet assumiu o poder de uma das mais perversas ditaduras da América Latina.
Portanto, não temam. Seus tremores e temores são frutos de um ardil dos ideólogos – a ideologia capitalista é construída a partir de ardis – que distorcem o que seja o socialismo e atemorizam com o que não tem como acontecer porque não há como introduzi-lo através de eleições, como mostrado.
No capitalismo, quem tem o poder de fato é quem tem o poder de articular manobras e traições com muito dinheiro: os milionários e ardilosos proprietários das grandes corporações que não admitem perder seus privilégios.
Ao socialismo só se chega através de uma força revolucionária tão poderosa quanto a força que vai reagir a ele, esta que já sabemos, a elite empresarial endinheirada mais as forças armadas lambe-botas dos EUA e, entre nós, não vislumbramos nenhuma força daquela natureza no horizonte de curto e médio prazo.
Antes que eu me esqueça: a competição é a lei da selva e do capitalismo, mas a cooperação é a lei da civilização e do socialismo.
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