quarta-feira, 31 de maio de 2023

As impressões da viagem à Terra Santa

As impressões da viagem à Terra Santa


Israel é uma nação impressionante. A visita ao Museu do Holocausto em Jerusalém marca o segundo ápice desta impressão forte. O museu é arquitetonicamente bonito, salas com recursos tecnológicos que nos obrigam ao silêncio e à reverência, nos isolam do ruído turístico e nos levam à uma interiorização e reflexão sobre a natureza humana, tanto para o mal quanto para o bem.


As histórias que estão lá, por exemplo, a da revolta dos adolescentes judeus nos campos de concentração, que eu nunca tinha ouvido falar, e que foi esmagada com diabólica maldade, e as outras maldades, das quais já ouvimos falar, com crianças, mulheres, idosos e doentes são de tirar a gente do prumo. 


As árvores que estão lá plantadas em homenagem àqueles que os ajudaram durante a perseguição nazifascista, como Oskar Schindler, do filme A Lista de Schindler, e Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, mulher do nosso Guimarães Rosa, e muitos outros. 


Já trazendo a recente emoção de ter seguido a trilha da vida, da obra, do sofrimento e do sacrifício imposto pelos homens ao Principe das Luzes, Jesus Cristo, (primeiro ápice da impressão forte), e agora mais tudo isso me emocionou tanto que, se eu fosse menos escrupuloso, teria chorado na frente de todo mundo, mas chorei pra dentro com genuína emoção.


Tel Aviv é uma cidade agradável e bonita, com vasta extensão de praia mediterrânea onde podemos caminhar com segurança. Do meu quarto, de madrugada, vi ciclistas e gente passeando pela praia iluminada. 


Há certa zonas com construções de fachadas bonitas, no estilo Bauhaus, que a alguns não agradou por suas linhas retas e simples, mas eu gostei muito. 


É ligada a Jafa, a parte sul e mais antiga de Tel Aviv que poderia ser seu centro histórico com suas primeiras construções, mas é outra cidade, muito bonita também, portuária, seu porto é um dos mais antigos do mundo. 



Há na cidade referências históricas sobre a Assembleia Geral da ONU que votou o plano de 1947 para a criação do Estado de Israel, fato que rendeu ao brasileiro Osvaldo Aranha a imensa gratidão dos judeus por sua atuação como presidente nesta assembleia; referências sobre os primeiros governantes, Ben Gurion, Golda Meir, o ministro da defesa Moshe Dayan (de quem eu ouvia falar e via em fotos nas revistas que o papai comprava, quando eu era menino, e me impressionava seu tapa olho esquerdo)  pós maio de 1948, quando Israel proclamou sua independência e menos de 24 horas depois, os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o país, forçando Israel a defender a soberania que acabara de reconquistar; referência ao assassinato de Ytzhak Rabin na escadaria do prédio em que ele acabara de discursar. Enfim, uma nação de bravos.


Tel Aviv não é a capital, até pensei que fosse, a capital do país é Jerusalém (muitos países da comunidade internacional não aceitam, lá só tem quatro embaixadas) mas é a cidade mais rica, centro financeiro, mais moderna, com ares de metrópole, nosso guia comentou que lá os gays e outras minorias não são incomodados como em Jerusalém, apesar desta ter também uma região bem moderna.


Israel é um país pequeno, área de um pouco mais de 20 mil km2, população em torno de 10 milhões, o idioma oficial é o hebraico, a moeda, o Shekel que vale R$1,36. É um país desenvolvido, com Índice de desenvolvimento humano (IDH) alto que me agradou demais.



Estilo Bauhaus em Tel Aviv:





Jafa:







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