quarta-feira, 9 de junho de 2021

Reflexões sobre o covid da Gilda


Gilda, depois de 10 dias no hospital (do dia 13 ao dia 23 de maio), metade dos quais na UTI por conta de duas intercorrências – atelectasia e pneumomediastino – já convalesce em casa com a graça de Deus e dos competentes e dedicados profissionais de saúde, dentre os quais nossos filhos médicos, Marcos e Beatriz, ela que veio de Brasília prontamente logo que soube. 

Penso que a circunstância de termos médicos na família foi um fator preponderante para salvar a Gilda cujo contágio que parecia moderado se agravou - o covid é traiçoeiro! Pelo quadro clínico, eles sabem antecipar os passos e as decisões a serem tomadas, inclusive na prévia compra do medicamento chamado tocilizumabe (TCZ), em falta aqui em Fortaleza, mas com o prestimoso socorro do David, sobrinho, médico e piloto de avião, que entrou em contato com a Marcella, sobrinha que mora em Natal, também médica, conseguiram. Marcos e David foram buscá-lo no avião que David pilota.

A reflexão sobre esses fatos não podia deixar de me ocorrer: conhecimento e recursos materiais que nossos sofridos concidadãos não têm por incúria de nossos sistemas político e econômico.

Sinto-me na obrigação de expor esta reflexão para chamar a atenção de que doravante devemos estar sempre atentos para as atribuições do Estado e cobrar dos governantes: saúde através de um SUS de excelência, mesmo à revelia dos grandes empresários que acham que a saúde é um nicho de mercado a ser privatizado. 

Contestar com vigor esses privilegiados ambiciosos além da medida é a nossa tarefa como cidadãos politicamente conscientes. 

Concluo meu texto com a oração de São Francisco atualizada por mim: “Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz preparando-me para o embate político contra o obscurantismo instaurado na nossa nação!”

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